O processo de conservação do papel é meticuloso, exige tempo, paciência e material que nem sempre existe por cá. Na clínica de Mafalda Veleda, é possível fazer um exame prévio “o mais rigoroso e científico possível” ao papel que se quer conservar, exame esse que serve para verificar as fragilidades do documento.
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Depois de cumpridos todos os passos desta primeira fase de avaliação (na qual o papel recebe, entre outras coisas, uma medição de PH e uma limpeza mecânica de superfície) e se estiverem reunidas as condições necessárias para se poder completar o processo, segue-se a fase de humidificação premilinar. Através do tratamento por via aquosa, isolam-se as fibras que compõem o papel, que são dispersadas em água, e o conjunto obtido pelas fibras é colocado sobre o documento a conservar.
Numa fase posterior, há que preencher os espaços microscópicos vazios entre as fibras para dar uniformidade à folha. Para tal, utilizam-se carbonatos ou talcos cujo teor alcalino contraria a acidez presente no papel. A água utilizada é a destilada e Mafalda adjectiva-a, assim, de ” faminta ” para explicar esta fase do processo.