A terceira edição do festival Future Places chegou ao fim no sábado com balanço positivo. O número de visitantes aumentou e “as expectativas foram superadas”, sublinhou, ao JPN, Heitor Alvelos, director de certame.

Com uma programação mais diversificada do que nos anos anteriores, esta edição do evento viu nascer “um público mais democrático”, ressalva Fátima São Simão, gestora do projecto.

O polvo:

Este ano, o logótipo escolhido para representar o Future Places foi um polvo e, curiosamente, estava associado ao polvo vidente do Mundial. No festival cabia ao polvo prever o futuro dos meios digitais. Fátima São Simão explica que é também uma forma da organização mostrar que se encontram receptivos a qualquer projecto criativo.

O propósito do festival, no entanto, manteve-se fiel: analisar a influência dos meios digitais nas culturas locais. Para as próximas edições, há o desejo de “alargar um bocadinho os horizontes temporais”, isto é, “mostrar projectos que tenham um objectivo a longo prazo.”

“Auscultar e revelar o potencial dos novos media”

Performances, exposições de projectos, conferências, actividades exteriores e concertos transformaram o festival num ponto de encontro de um público interessado nas capacidades dos meios digitais.

As conferências permitiram conhecer as capacidades dos meios digitais e apresentaram um possível futuro virtual. Bruce Pennycook, da University of Texas at Austin (UTA), dirigiu a conferência “The Impact of New Media in Music Creativity”, em que apresentou músicas criadas a partir de meios tecnológicos.

Os concertos animaram o festival, em sessões onde o progresso tecnológico também não foi esquecido. O “Tune in Futura: Car Tuning Orchestra”, por exemplo, rompeu com a tradição e presenteou os visitantes com música a partir de carros tuning. Desta forma, a organização tentou “auscultar e revelar o potencial dos novos media no desenvolvimento de culturas locais”, justificou Alvelos.

A actividade “It´s Raining Families”, que decorreu no sábado, na Praça dos Poveiros, foi uma das mais divulgadas. A ideia era acabar com o estereótipo da família convencional e apresentar famílias totalmente diferentes, independentemente da idade, raça ou orientação sexual. Esta iniciativa foi mais uma prova da preocupação, por parte da organização, em interagir com o público.