Os portugueses estão bem comportados. Segundo um estudo da World Internet Project (WIP), a maioria dos internautas portugueses (58,9%) diz que nunca fez downloads não autorizados.

Diz o relatório, recentemente publicado, sobre a utilização da Internet em Portugal em 2010, que um terço dos internautas portugueses, no entanto, já fez downloads ilegais. A música (33,6%), os filmes (22,4%) e os softwares (13,8%) são os “alvos” preferenciais da pirataria.

Enquanto a maioria das mulheres portuguesas (61,4%) nunca fez downloads ilegais, os homens portugueses são os internautas que mais fazem downloads não autorizados (43,6%). No que diz respeito a faixas etárias, são os jovens entre os 15 e os 24 anos os que mais efectuam downloads ilegais de todos os tipos de conteúdos (à excepção de livros e revistas). Os internautas com mais de 65 anos que participaram no estudo declararam, segundo o relatório [PDF], que nunca fizeram qualquer download não autorizado.

As razões que levam à procura ilegal de conteúdos são essencialmente económicas. O facto de o download ser gratuito (70,9%), o valor de compra legal ser excessivamente alto (25,7%), a não utilização para fins comerciais (19,1%) e o acesso imediato aos conteúdos (17,4%) são, segundo o relatório da WIP, as justificações mais frequentes dos internautas que praticam o download não autorizado.

O projecto WIP foi fundado em 1999 pelo Center for the Digital Future, da Universidade da Califórnia do Sul e visa avaliar os impactos sociais da utilização da Internet numa perspectiva multinacional.