Joaquim Jorge considera que é fundamental que “as pessoas digam o que lhes vai na alma” numa altura em que Portugal precisa de uma “nova política”. O fundador do Clube dos Pensadores (CdP) critica “o bando de elites que se julgam importantes”. Na política, diz, “a maioria é medíocre”.

“Deveria ser dada uma oportunidade à sociedade civil”, diz, ao ressalvar um dos propósitos do CdP: “Se houver uma opinião pública atenta, inteligente e actuante teremos melhores governantes.”

Joaquim Jorge considera que Portugal é um país “moralmente corrupto e mal frequentado”, pois os líderes defendem os seus próprios interesses, antes de olhar para “os do povo”. “Nós somos bons, mas quem é bom tem de ir embora.”

Para Joaquim Jorge “não há sociedade ideal”, mas para melhorar “era preciso uma revolução de mentalidade e de postura, de ser e de estar”, quer da parte dos cidadãos, quer da parte dos governantes. “O mal da política é não haver comunicação”, pelo que deveria ser adoptada uma postura que valorizasse os interesses do povo.