Joaquín Cortés regressou a Portugal no início desta semana. Na segunda-feira, o bailarino de flamenco subiu ao palco do Pavilhão Rosa Mota às 22h00 certas. Era o começo de “Calé”
(cigano, em língua romani), uma retrospectiva dos 20 anos de carreira de Cortés, com coreografia do próprio.

Propunha-se uma viagem pelos sentimentos mais íntimos do bailarino e pela essência dos seus espectáculos anteriores:”Cibavi”, “Mi Soledad”, “Pasión Gitana”, “Soul”, “Live” e “Amor y Ódio”. Joaquin Cortés fez uma intensa homenagem à mãe, proporcionando um dos momentos mais emocionantes da noite.

O espanhol levou o público ao êxtase quando percorreu o corredor central da plateia cumprimentando quem se aproximava. “Boa noite”, disse, saudando a cidade do Porto. “Quando eu era pequeno queria voar, conhecer o mundo, conhecer várias culturas. Essa criança cresceu, e concretizou o seu sonho. Voou, e levou a cultura cigana a todo o mundo, porque eu sou cigano!”

A partir daqui os ritmos quentes do flamenco e o bater de tacão de Joaquín Cortés tomaram conta do Pavilhão Rosa Mota que aplaudia entusiasticamente. Acompanhado por 15 músicos e oito bailarinas, e vestido de negro como é seu hábito, o artista de 41 anos não deixou ninguém indiferente.

Joaquín Cortés, que um dia disse que deixaria de dançar aos 33 anos, continua a mover multidões e a encantar os palcos mundiais por onde passa.