Depois de ter iniciado o ano com a primeira derrota oficial da época, o FC Porto não voltou a falhar na recepção ao Marítimo (4-1) e manteve os oito pontos de vantagem para o vice-líder. A contagem foi iniciada com um golo monumental de Freddy Guarín, a quase 40 metros da baliza que, em cima do intervalo, encaminhou o jogo a favor do Porto. Na 2.ª parte, depois do 2-0, por Hulk, noutro excelente lance individual, o Marítimo até reduziu, mas pouco depois o inspirado Guarín voltaria a marcar. James Rodríguez, outro colombiano, fechou o marcador.

Benfica e Sporting tinham jogos mais exigentes, mas também não escorregaram. Os encarnados foram ao Magalhães Pessoa derrotar a revelação União de Leiria por 3-0, e confirmaram o excelente momento de forma, com a 5.ª vitória seguida. Saviola, finalmente ao nível do ano passado, voltou a marcar, vantagem que a equipa de Jorge Jesus soube conservar até perto do fim, altura em que Gaitán e o regressado Cardozo dilataram para 3-0.

O Sporting recebeu o vice-campeão em título e até perdeu Postiga nos minutos iniciais, por lesão, mas foi o próprio Diogo Salomão, que entrou em seu lugar, quem fez o 1-0, num movimento espectacular de calcanhar. Em dois minutos, ainda no primeiro quarto-de-hora, o chileno Valdés, o melhor marcador da equipa (com cinco golos), dilatava a vantagem. Paulo César até reduziu antes da primeira vintena, mas já não foi a tempo. O Sporting consolidou, assim, um 3.º lugar até há pouco tempo bastante ameaçado, enquanto que a equipa de Domingos continua instável e é quem tem mais derrotas nos doze primeiros classificados.

Uma jornada de estreantes

Fora os grandes, ninguém ganhou na primeira metade da tabela. O Beira-mar continua na senda dos bons resultados (2.ª equipa com menos derrotas na prova – três – a seguir ao FC Porto), e foi empatar (0-0) a casa dum Nacional moralizado pela vitória recente no Dragão.

A grande surpresa da jornada foi a derrota do Guimarães em casa com a Naval (3.ª nos últimos quatro jogos da Liga), na estreia de Mozer no banco figueirense e como treinador principal. Os navalistas, além de lanterna vermelha, só tinham uma vitória até agora e estiveram, não só a perder, como reduzidos a dez até ao minuto 70.

Pior sort teiveram os outros dois estreantes, José Guilherme (Académica) e Carlos Azenha (Portimonense). José Guilherme também se estreou como treinador principal, mas não conseguiu inverter o mau ciclo da Briosa depois das duas últimas goleadas sofridas e empatou em casa com o Paços de Ferreira. Azenha regressou à Liga, depois da primeira experiência em Setúbal no ano passado e não foi feliz com a antiga equipa. Num jogo com sete golos (3-4), os algarvios até contrariaram a desvantagem precoce, mas permitiram que a equipa de Manuel Fernandes também virasse o jogo a seu favor. Os “sadinos” aumentaram para sete pontos a distância para a linha de água, ao passo que o Portimonense ficou mais perto do último lugar.

Um dos grandes vencedores da ronda foi o Olhanense, que, em Vila do Conde, pôs um ponto final em três penosos meses sem ganhar. Um golo do central Maurício foi suficiente para o Rio Ave voltar a perder, depois da goleada sofrida na Luz.