O principal porta-voz da Wikileaks, Julian Assange, encontra-se preso no Reino Unido e poderá ser extraditado para a Suécia. Os advogados de Assange temem que os Estados Unidos procurem pedir a sua extradição ou mesmo a rendição ilegal.

“Existe um risco real de, se extraditado para a Suécia, os Estados Unidos procurarem a sua extradição ou rendição ilegal, onde corre o risco real de ser detido na Baía de Guantánamo” refere a defesa, de acordo com a BBC News, num documento publicado no Finers Stephens Innocent.

A defesa de Julian Assange teme que a pena de morte seja uma realidade, se Assange for entregue aos Estados Unidos sem garantias. “Na verdade, se Assange for entregue aos EUA sem garantias de que a pena de morte não será aplicada, existe um risco real de que ele venha a ser sujeito à pena capital.” O Tribunal de Londres decide extradição a 7 e 8 de Fevereiro.

Ameaças contra Julian Assange

Sarah Palin e Mike Huckabee foram dois políticos norte-americanos que fizeram comentários depreciativos acerca de Assange e da Wikileaks. Na sua página do Facebook, a ex-governadora do Alaska acusou Assange de ser “um agente anti-americano com sangue nas mãos”.

Por seu lado, segundo o Politico, Mike Huckabee já disse que quem forneceu as informações a Assange devia ser julgado por traição e executado.

As ameaças não vêm só dos Estados Unidos. Tom Flagannan, ex-conselheiro do primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, disse em entrevista à CBC News Network, que Assange “devia ser assassinado” e que “não ficaria infeliz se ele desaparecesse”.