Os Segway fazem parte da mais recente forma de turismo sustentável do destino Porto. A ideia surgiu por uma empresa chamada Bluedragon City Tours que, associada à ATC Porto Tours, promove viagens pela cidade através da condução deste novo meio. A empresa também promove passeios pela cidade a pé e de bicicleta. No caso do Segway, não há qualquer tipo de emissão de dióxido de carbono e os sensores que o equipamento dispõe permitem avançar, recuar e rodar apenas com movimentos corporais.

Neste tipo de turismo, existem alguns circuitos, mas o original é o mais procurado, entende Ângelo André, gerente da empresa. No entanto, Ângelo diz que, “face ao número de turistas” da cidade, o turismo ecológico tem “condições para ter uma maior adesão”.

O preço (50 euros por pessoa), a “insegurança” das pessoas face à novidade e a “divulgação reduzida” podem explicar a fraca adesão. Marlene Perdigão, guia turística, salienta, no entanto, que o Segway é um equipamento “seguro” e que se “conduz facilmente”.

“O Segway tem claramente uma personalidade muito própria em que cada cliente acaba por ser quase um actor de cinema – toda a gente olha para ele e acaba por ser um foco de atenção”, graceja o responsável da empresa. Para Ângelo André, o aparelho permite “percorrer uma maior distância num menor tempo” para, assim, ver a cidade “de uma forma eficaz e amiga do ambiente”.

O circuito original dura três horas e ainda só pode ser feito em grupo e com guia. O aluguer individual do equipamento ainda não está disponível devido ao custo das máquinas – sete mil euros cada – e às condições da via pública. “A cidade ainda não está totalmente preparada para que as pessoas andem de forma isolada”, lamenta Ângelo André. No futuro, poderá ser implementado um sistema de GPS nos Segway para permitir o aluguer individual.