Bruno Almeida, director do Gabinete de Actividades Desportivas da Universidade do Porto (GADUP) explica que existem dois tipos de estatutos.

Por um lado, existe a possibilidade de entrar na faculdade com o estatuto de atleta de alta competição, que é dado aos “atletas que participaram em representação de Portugal nos Jogos Olímpicos, Campeonatos do Mundo ou Campeonatos da Europa e que durante o percurso de estudante regularmente fizeram parte da Selecção Nacional”, o que permite aos estudantes entrarem na faculdade com uma média mais baixa.

Por outro lado, existe o estatuto de estudante atleta, que beneficia “os estudantes que representarem a Universidade do Porto e se forem campeões nacionais ou ficarem nos três primeiros lugares da classificação”.

O estatuto de atleta alta competição permite aos estudantes terem alguns benefícios, ou seja, podem adiar exames ou fazê-los noutras épocas e têm justificação de faltas quando estiverem em representação da Universidade do Porto ou da Selecção Nacional.

Falta apoio das faculdades e do Estado

Para Bruno Almeida, ainda existe uma fraca aposta no desporto universitário e nas instalações desportivas na Universidade do Porto, o que impossibilita um maior envolvimento por parte dos estudantes. No entanto, esta aposta deve também partir do Estado e das próprias faculdades, salienta, indo ao encontro da opinião de Maria João Ferreira, atleta de pólo aquático.

O director do GADUP diz que deveria haver um maior reconhecimento dos atletas: “A Gala de Desporto é uma oportunidade de nós mostrarmos o que eles estão a fazer e o que conquistaram para a universidade.”

Um dos grandes objectivos do GADUP é que, “para além dos estudos, a comunidade UP tenha prática desportiva”, não apenas a nível competitivo, mas também como passatempo.