É tipicamente portuense, mas já a podemos encontrar um pouco por todo o país. A francesinha é, de facto, uma das iguarias mais apreciadas em Portugal, movimentando paixões em seu redor. Razões mais que suficientes para compreender que um grupo de amigos, apreciadores do prato nortenho, queiram conseguir responder à questão que todos já colocámos: “Qual é a melhor francesinha de Portugal?”

Para responder a esta pergunta nasceu, em Junho de 2010, na véspera de S. João, o Projecto Francesinha. Num jantar na Confeitaria Alicantina com a francesinha como prato principal um grupo de amigos decidiu rumar ao encontro da melhor do país. O blogue surgiu no seguimento do desafio e, hoje em dia, o objectivo ainda é o mesmo: descobrir a melhor francesinha de Portugal.

Em declarações ao JPN, Luís Matias, um dos responsáveis pelo projecto, admite que o nível de mediatismo atingido é totalmente diferente do que esperavam, uma vez que o Projecto Francesinha começou por ser uma ideia entre amigos. “Não estávamos à espera de ter uma média de 120 visitas diárias ao blogue”, confessa.

Os critérios de avaliação

Para pontuar devidamente os pratos foram definidos alguns parâmentros de avaliação: o local, o molho, as batatas, a inovação, os ingredientes e o preço. “Chegamos a este conjunto de seis parâmetros sem grande dificuldade. Correctos ou não, são justos”, conta Luís. A pontuação vai até aos dez pontos e a classificação final é atribuída tendo em conta a opinião dos quatro amigos.

No ranking do Projecto Francesinha o Tappas Caffé, em Vila Nova de Gaia, surge no primeiro lugar com 7,58 pontos. O segundo é ocupado pela Cervejaria Galiza, no Porto, com 7,5 pontos. Em terceiro do pódio está o Restaurante Gambamar, também no Porto, com um total de 7 pontos. Curiosamente, o restaurante A Regaleira, estabelecimento na Rua do Bonjardim, no Porto, onde, em 1953, Daniel David da Silva criou a francesinha, encontra-se em 11.º lugar com 6,46 pontos.

Até agora o grupo já visitou 23 locais, mas promete não parar por aqui. Afinal, “comer uma francesinha não é como comer outro prato qualquer”, enfatiza Luís Matias. “Comer uma francesinha é um momento de convívio, de partilha de amizades e ideias.”

O Projecto Francesinha também tem uma página no Facebook onde os seguidores comentam, sugerem e acompanham o percurso dos quatro amigos na degustação do prato do Norte.