No evento criado no Facebook já é possível constatar mais de 41 mil confirmações para o protesto de dia 12 de Março. Em declarações ao JPN, António Frazão, um dos organizadores, admite que “não esperava” que o número de pessoas a confirmar presença “fosse tão elevado”, embora pense que o valor deve ser entendido como um “mero indicativo”.

Objectivos:

Entre as reivindicações estão o “direito ao emprego”, a “melhoria das condições de trabalho” e “salários dignos”.

Lisboa e Porto são os palcos principais do protesto da “Geração à Rasca”. No entanto, António Frazão confirma que a manifestação já se estendeu a cidades como Viseu, Leiria, Faro, Funchal e Ponta Delgada, como aliás já foi anunciado no blogue. Para o organizador, tal influência prova que “a situação é transversal” e que as pessoas “se identificam e apoiam o protesto”.

Jerónimo de Sousa confirmou a presença do PCP, o que gerou protestos no Facebook. António Frazão diz que o facto não retira qualquer credibilidade ao evento. “Não é um protesto contra a classe política, contra o Governo ou contra as outras gerações”, afirma. Na verdade, “estão todos convidados a participar enquanto cidadãos”, desde que respeitem “os princípios do protesto”.

O organizador considera até que “a presença de eleitos, eleitores, políticos, dirigentes e demais” deve ser entendida como “uma oportunidade para o diálogo democrático entre todos na busca de soluções” para os “problemas nacionais e globais”. Neste sentido, trata-se de um “protesto inclusivo e nao exclusivo”. António Frazão manifesta ainda uma vontade pessoal: a da não existência de “cartazes, bandeiras, ou panfletos alusivos a partidos ou clubes”.

Espera-se um “protesto diferente dos tradicionais”, que se basearam sempre nos “que reivindicam e no alvo da reivindicação”. Segundo o organizador, dia 12 prende-se com algo mais: “apresentar problemas, discuti-los e ser uma parte activa nas soluções”.