O terramoto de magnitude 8,9 na escala de Richter que hoje, sexta-feira, abalou o Japão, continua a revelar os danos que provocou.

Desde logo, com o tsunami que despoletou, mais de 200 corpos foram encontrados na praia de Sendai, uma cidade japonesa muito afectada, revelou a agência Jiji Press. A polícia da região disse que terá sido a onda de dez metros que esteve na origem da morte das pessoas.

Até ao momento, a AFP informou que estavam confirmados pelo menos 288 mortos. Depois do tremor de terra, temem-se as réplicas e as ondas gigantes que se podem dirigir para outras regiões vizinhas. Nas Filipinas, o alerta de tsunami foi retirado, mas o estado norte-americano da Califórnia já foi atingido pela primeira onda.

O perigo que as réplicas do terramoto podem causar às centrais nucleares japonesas tem sido uma das principais preocupações das autoridades. Ainda assim, a agência Kyodo noticia que a situação na central de Fukushima está controlada. Outras estruturas encontram-se em perigo, como é o caso de algumas barragens. A Sky News reportou que uma delas, no nordeste do Japão, rebentou e destruiu casas.

A AFP diz que, depois do sismo, o exército japonês destacou 300 aviões e navios para as mais diversas mobilizações de segurança. Os dirigentes da União Europeia, reunidos hoje em Bruxelas, já comunicaram ao Japão a sua solidariedade e disponibilizaram-se a prestar qualquer tipo de ajuda.