A Câmara Municipal do Porto (CMP) tentou vender o Edifício Transparente por 4,068 milhões de euros. A autarquia foi alertada pela Administração dos Portos de Douro e Leixões (APDL) para o facto de o imóvel, a 50 metros da costa, ser propriedade do Estado, mas não chegou a apresentar prova de propriedade.

No acordo extrajudicial do Parque da Cidade, anunciado em 2009, o Edifício Transparente fazia parte da lista de imóveis para venda. A mesma lista, em que se encontravam sete terrenos e dois prédios, servia para cobrir a dívida de 43,9 milhões de euros relativa ao acordo.

O imóvel era o único da lista em que se previa uma indemnização, no valor de 1,6 milhões de euros, em caso de incumprimento por qualquer das partes. Ainda assim, não há indicação de que alguma indemnização tenha sido paga ou reclamada.

Rui Rio anunciou esta segunda-feira, em Assembleia Municipal, que foram feitos contratos-promessa no valor de 15,8 milhões de euros para vender património. Disse ainda que só entraram 2,2 milhões nos cofres da autarquia e reconheceu o incumprimento de parte dos contratos.

Contactada pelo JPN, a Câmara Municipal do Porto não prestou declarações sobre o assunto.