A palestra “Cultura 2.0 – Que desafios se colocam?” decorreu esta quinta-feira, 17 de Março, na Livraria Leitura – Books & Living, no Shopping Cidade do Porto. Os oradores presentes no debate foram Mário Dorminsky, Bárbara Marto, Luís Humberto Marcos e Ana Sofia Gomes, coordenadora do livro “Web Trends – 10 cases made in Web 2.0”.

Os principais temas discutidos no evento foram a “cultura digitalizada”, a “cultura de bolso” e a “democratização da cultura”.

Mário Dorminsky, director do Fantasporto, defendeu que as redes sociais, “em termos de comunicação, são um meio fantástico”, pois permitem “transmitir uma série de informações” em tempo real. No entanto, considera que o uso das mesmas “tem de ser trabalhado”, já que “começam a surgir situações complicadas”, especialmente no que respeita às “nossas liberdades pessoais e à nossa privacidade, devassadas pelas informações obtidas pelas empresas online”. “Estamos completamente despidos nesta sociedade”, refere.

Bárbaro Marto, directora da Fundação Serralves, afirmou que as redes sociais “são um veículo verdadeiramente democrático”. Por um lado, estão “à disposição de todos”; por outro, todos têm uma página igual. Ainda no que respeita a democratização das redes sociais, Bárbara Marto disse que há comentários muito bons, mas também não é possível apagar os maus.

Luís Humberto Marcos, presidente do Museu Nacional da Imprensa, referiu durante o debate que “as tecnologias são um importante contributo” no combate à elitização’ da cultura, uma vez que são um “meio mobilizador” de massas. Apesar de considerar que actualmente não existe “dificuldade em fazer chegar a informação às pessoas”, Luís Humberto Marcos considera que as tecnologias são muito mais avançadas “do que a capacidade humana de as utilizar”.

Todos os oradores destacaram o facto de a Internet ser o principal meio para comunicar, a importância da selecção da informação, a democratização da cultura e a questão da privacidade como os assuntos principais nesta nova era da informação e da comunicação.