Poemas de Almeida Garrett e Sophia de Mello Breyner foram lidos e cantados, esta manhã num ambiente descontraído, em pleno jardim do Palácio de Cristal, no Porto. O evento teve início com a leitura de três poemas da oficina criativa da biblioteca, seleccionados para celebrar não só o Dia da Poesia, mas também o Dia da Primavera. Floresta, Duas Cores e A Vida iniciaram o dia.

Seguidamente, Almeida Garrett foi cantado pelo Grupo de Fados do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP). O grupo escolheu três poemas, dois deles do séc. XX e um outro do séc. XXI, nomeadamente Suspiro d’Alma, As Minhas Asas e Seus Olhos, este último com arranjos do próprio grupo de fados. O grupo justifica a sua presença, entre outros motivos, por esta “ser a cidade de Almeida Garrett, que é a nossa, que é a do Porto.”

Almeida Garrett teve especial enfoque pelo facto de a biblioteca com o seu nome estar a celebrar uma década. Sophia de Mello Breyner foi, também, recordada, com a leitura dos poemas Flores e A Fonte.

Esta iniciativa está no âmbito da Leitura Simultânea de Poesia, realizada à mesma hora nos 16 municípios da Área Metropolitana do Porto. Os espaços escolhidos para a celebração do dia tinham também um Estendal da Poesia com poemas de alunos e poetas escolhidos por todos os municípios.

Esta iniciativa pretende “dar outra dimensão ao próprio Dia da Poesia” e “germinar um futuro metropolitano”, permitindo que todos os municípios trabalhem em conjunto, segundo explica Lino Ferreira, director executivo da Área Metropolitana do Porto (AMP).

A Biblioteca Almeida Garrett admite a ideia de criar este tipo de iniciativas em outras ocasiões, nomeadamente no Dia do Autor Português, Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor e o Dia do Museu, segundo explicou Sofia Alves, directora da Biblioteca.