“A poesia é uma forma de respirar e de ser português”, partilha José Fanha. Antecipando o Dia Mundial da Poesia, comemorado hoje, segunda-feira, S. João da Madeira não esquece os poetas portugueses e apresenta um serão poético pela voz de José Fanha, Pedro Lamares e pelo resto da comunidade local. Estava aberto mais um evento da 9.ª edição do “Poesia à Mesa”.

A noite de sexta-feira começa num dos restaurantes do município, com os protagonistas a presentearem os clientes com poemas de Almada Negreiros e Daniel Maia-Pinto Rodrigues. Como sobremesa, palavras que animam quem por lá janta. Tanto Fanha como Lamares apostam na interpretação para arrancar uns sorrisos.

O jantar termina com uma apresentação de cinco crianças que recitam vários poemas. Pedro Lamares assiste encantado, enquanto José Fanha se junta para acompanhar.

A Feira do Livro é o próximo palco. Com casa cheia, mais de 50 pessoas assistem à peregrinação poética. Para José Fanha, a adesão é um sucesso, mas lamenta que o país não tenha mais iniciativas culturais. Pedro Lamares partilha da mesma opinião, mas não duvida de que há público para a poesia e que S. João da Madeira revela grandes talentos.

Iniciada a peregrinação, o actor dá voz a Cecília Meireles, enquanto a comunidade homenageia os restantes poetas. Há quem seja mais criativo e quem não esqueça a caracterização. Com interpretações muito expressivas, Pedro Lamares vai intercalando as homenagens, mostrando-se bastante satisfeito com o espírito de quem participa. Elogia quem declama e salienta que “a poesia portuguesa é um património que está aqui ao lado e que é uma pena nós não usufruirmos”.

Pedro Lamares e José Fanha encerram a peregrinação com uma interpretação conjunta que reflecte a cumplicidade e amizade dos dois e que faz o actor regressar pela segunda vez consecutiva ao evento.

A noite termina com a actuação de J. P. Simões e dos Social Smokers que apresentam o novo álbum, “Magnetic Poetry”.