O Presidente Barack Obama já comunicou a retirada, nos próximos dias, dos Estados Unidos do comando da intervenção internacional na Líbia e defende que a NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) deve assumir agora a liderança. Ben Rhodes, colaborador para a área da segurança do presidente norte-americano, garantiu que Obama falou, por telefone, com o Reino Unido e com a França, chegando a acordo sobre as condições de liderança da Aliança Atlântica.

Mas uma liderança da NATO implica um abandono da França da direcção política. A presidência francesa diz ainda não ter chegado a acordo sobre quem vai estar no comando da intervenção, apenas sobre o modo como as estruturas da NATO podem apoiar a coligação.

A proposta de assumir a direcção política foi anunciada por Alain Juppé, ministro dos Negócios Estrangeiros francês, que sugeriu, ainda, a realização de reuniões entre a NATO e a Liga Árabe, com uma delas agendada para breve, em Bruxelas ou Londres. O Reino Unido e a Itália apoiam esta comissão política proposta pela França.

A operação das forças internacionais na Líbia, designada “Odisseia Amanhecer”, começou sexta-feira, 18 de Março, e foi, até agora, liderada pelos EUA, França e Reino Unido. Para já, a NATO só vai participar no embargo de armas a partir do mar.