O Tribunal Arbitral de Desporto (TAD) deu esta quarta-feira a conhecer as conclusões ao recurso apresentado por Carlos Queiroz a 11 de Outubro de 2010. No documento, o ex-seleccionador nacional de futebol contestava a suspensão de seis meses que lhe havia sido imposta pela Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP), na sequência dos insultos feitos à ADoP. Carlos Queiroz foi acusado, pelo organismo, de ter perturbado o controlo antidoping realizado à selecção nacional durante o estágio para o Mundial de 2010.

O Tribunal Arbitral de Desporto considerou agora que Carlos Queiroz não teve intenção de perturbar o normal controlo antidoping, pelo que anulou a suspensão de seis meses imposta pela ADoP.

“Ainda que com algumas reservas, a decisão do Tribunal Arbitral deu razão ao professor Carlos Queiroz”, disse ao JPN José Guilherme Aguiar, jurista e antigo director executivo da Liga de Clubes. “É uma decisão que merece todo o respeito”, já que foi tomada por um “órgão jurisdicional e foi aceite por ambas as partes”, acrescenta.

Em declarações à Rádio Renascença, Carlos Queiroz disse que Luís Horta, presidente da Autoridade Antidopagem de Portugal, devia ser “demitido imediatamente”. O mesmo destino desejou aos “médicos que colaboraram com ele nesta tramóia”. Guilherme Aguiar disse não acreditar na demissão de Luís Horta e acrescentou que essa é uma “responsabilidade do membro do governo que tutela a área do desporto”.

Guilherme Aguiar refere ainda que esta não era a decisão esperada, até porque “contrariou algumas decisões que foram proferidas na ordem jurídica portuguesa”.