Helena Carvalhinhos, actualmente reformada, abre a porta aos portuenses para um artesanato tradicional e chique. Em parceria com mais cinco artesãos, apresenta uma colecção de peças exclusivas com preços que vão desde 1,50 a 400 euros.
A NaturArte é a casa-mãe e só se dedica a peças de linho, malha, rendas, bordados e crochês. Um conceito de artesanato antigo que, com o contributo dos artesãos residentes “A de Amor”, “Maria Carrossel”, “Os Couples”, “A Casta”, “Gota de ar” e “A Treta”, permitem fundir o tradicional com o urbano.
Numa cómoda, o fimo e a pasta de papel transformam-se em mealheiros e candeeiros, enquanto o “piu-piu” protagoniza a decoração infantil. Há ainda espaço para chocolate enlaçado em canudos de papel, que dão um certo requinte à peça.
A bijuteria é criada com pasta de papel e, de seguida, é-lhe aplicada a técnica de “decoupage”, o que permite criar peças únicas e bastante originais. É o caso, também, das caixas em madeira, forradas e decoradas com tecidos tradicionais e outras com materiais mais coloridos e modernos, sempre com rendas dos anos 30 a completar o conjunto. Das peças com mais utilidade no dia-a-dia destacam-se as carteiras, porta-chaves e bolsas para tabaco de enrolar, criadas com couros e peles recicladas.
Todos os meses, a NaturArte proporciona a um artista um cantinho na loja para expor os seus trabalhos. Qualquer um se pode inscrever e o único requisito é que não apresente uma colecção semelhante à dos artesãos residentes. Além disso, a loja ainda dispõe de uma galeria à disposição de um artista por mês. Em Março, os animais são as personagens residentes e as receitas revertem para várias associações de protecção de animais.
O ateliê reservado aos workshops tem vindo a ter bastante adesão, o que tem surpreendido Helena Carvalhinhos. Revela-se uma oportunidade para novos artistas que querem aperfeiçoar as suas técnicas. As aulas particulares têm um custo de cinco euros por hora, sem material, enquanto as aulas conjuntas, de sábado à tarde, incluem material e custam 25 euros.
Aberta desde Fevereiro, a NaturArte traz à Rua do Almada clientes cada vez mais jovens. Helena Carvalhinhos não faz previsões a longo prazo, mas mostra-se satisfeita pela aceitação do público.