Três movimentos de trabalhadores precários e promotores do protesto da “Geração à Rasca” vão entregar, esta quarta-feira, uma acção judicial para pedir a alteração da pergunta 32 dos Censos 2011, por esta “encobrir a realidade dos falsos recibos verdes”, explicam em comunicado.

A polémica está na pergunta 32 dos Censos 2011: “Qual o modo como exerce a profissão indicada?”. O questionário refere que deve ser assinalada a opção “trabalhador por conta de outrem” caso a pessoa “trabalhe a ‘recibos verdes’, mas tenha um local de trabalho fixo dentro de uma empresa, subordinação hierárquica efectiva e um horário de trabalho”.

Os movimentos FERVE (Fartos d’Estes Recibos Verdes), Plataforma dos Intermitentes do Espectáculo e do Audiovisual e Precários Inflexíveis contaram com a colaboração dos cidadãos João Labrincha, Paula Gil e Alexandre de Sousa Carvalho. Exigem que Instituto Nacional de Estatística (INE) admita o erro, para que “a maior operação estatística no país não se transforme num instrumento para branquear a verdadeira dimensão da enorme fraude social que são os falsos recibos verdes”.