Perder uma mala vai deixar de ser um problema quando se viaja. O Polo de Inovação em Engenharia de Polímeros (PIEP) da Universidade do Minho desenvolveu, em parceria com ANA – Aeroportos de Portugal, SETSA-Sociedade de Engenharia e Transformação, Critical Software, Tecmic-Tecnologias de Microeletrónica e INOV-Inesc Inovação, um projecto que permite saber a localização das malas através do telemóvel.
O projecto “mala segura” é o desenvolvimento de uma nova tipologia de malas, que integra sistemas como os RFID (identificador de rádio frequência), WSN e o GPS/GMS. A invenção é inovadora, segundo Bruno Pereira da Silva, director do PIEP, dada a “introdução do RFID na mala”, mas também por constituir uma forma de contornar “a problemática económica da implementação a nível global do RFID”, quer em termos aeronáuticos, quer em termos portuários.
O director do projecto explica que “o RFID já é usado na indústria da aviação, normalmente em zonas de transferência de bagagens”. No entanto, apenas alguns aeroportos usam esta tecnologia, colocando as etiquetas manualmente em cada mala. Para fazer isto, os aeroportos gastam cerca de 10 cêntimos por passageiro, o que se reflecte no valor dos bilhetes.
O director do PIEP refere que, com o projecto “mala segura”, quem vai assumir os custo são os utilizadores e não os aeroportos ou as companhias aéreas. “Este custo é diluído pelo número de viagens que se faça com a mala”, acrescenta. Bruno Pereira Silva diz que “a mala com o RFID não terá um custo muito acrescido”, para permitir a sua “implementação global”. Já o WSN e o GPS/GMS estão num “segmento “premium”, pelo que terá uns custos mais elevados”.
O projecto foi desenvolvido no prazo de 30 meses e teve 2,5 milhões de euros de investimento, sendo 1,5 milhões co-financiados pelo Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN). Esta inovação está a aguardar a aprovação da IATA, Associação Mundial de Transporte Aéreo.