Vai fazer-se silêncio na Universidade Católica Portuguesa no Porto (UCP). A licenciatura em Música da UCP não vai abrir vagas para o ano lectivo de 2011/2012. A decisão foi comunicada aos alunos numa carta enviada por Joaquim Azevedo, presidente do Centro Regional do Porto da UCP.

A carta, que pretendia “esclarecer, tranquilizar e comprometer” os estudantes, e à qual a Lusa teve acesso, garante que a decisão de encerrar o curso da UCP não vai afectar os estudantes já inscritos, mas é algo que deve ser feito para evitar que “dentro de quatro ou cinco anos” existam “sérios problemas”.

Na carta, Joaquim Azevedo revela que a instituição está “sobredimensionada face às necessidades de hoje”, e existe um “desequilíbrio” nas contas. Para combater a situação, o presidente do Centro Regional do Porto da UCP refere medidas a serem tomadas, como reduzir investimentos e despesas de funcionamento, reduzir, durante 10 meses, os ordenados dos professores em cinco por cento e, ainda, encerrar “a licenciatura cuja sustentação financeira é muito difícil, Música”.

Estas medidas, que Joaquim Azevedo confessa serem “arriscadas”, são necessárias para antecipar o pior e “evitar que a Católica/Porto corra qualquer risco”. Assim se espera que as dificuldades sejam ultrapassadas e se garanta que “a Faculdade está melhor, mais forte e coesa”.