“Ter bom senso” é o fundamental para um jornalista se manter vivo em situações de conflito, segundo Ricardo Alexandre. O jornalista da Antena 1 considera que é preciso “perceber se o risco vale a pena”. Ricardo Alexandre conta que a protecção que é dada aos jornalistas varia. “Pode haver situações em que temos uma gestão do dia-a-dia, do quotidiano e das coisas bastante confortável, tendo em conta os apoios que se pode ter, e há situações em que não há apoio nenhum”, esclarece.

Alfredo Leite, director adjunto do “Jornal de Notícias”, nomeia três critérios necessários para a sobrevivência: “formação, experiência e bom senso”.

Luís Miguel Loureiro, jornalista da RTP, considera a “confiança” essencial para se manter em segurança nas zonas complicadas. O repórter acrescenta que é “importante termos sempre a consciência do terreno que pisamos”. Quanto à protecção que existe, o jornalista refere que depende dos terrenos e que “é necessário avaliar a situação que se coloca no momento”.

Alexandra Lucas Coelho considera que o medo pode ser uma defesa. É necessário que nos “consigamos manter lúcidos para sabermos até quando o medo nos defende e quando é que nos começa a prejudicar”, revela a jornalista do Público.

Luís Castro realça a forma como luta pela sobrevivência, uma vez que só “quando estamos próximos da morte é que percebemos o valor da vida e, nessas alturas, vem à superfície da nossa pele a necessidade de sobreviver”, revela. O repórter refere que a única protecção do jornalista “é a câmara”.