Atentos à quantidade de greves que têm sido anunciadas nos últimos tempos, João Pedro Neves e Carlos Eduardo Fonseca resolveram criar um espaço online que desse resposta, de forma “rápida e fiável”, à necessidade de “saber quais serão as perturbações que haverá na nossa viagem até à escola ou trabalho”.

O site hagreve.com, lançado esta segunda-feira, tem como objectivo “aglomerar, num único local, toda a informação sobre as futuras greves no sector dos transportes”, explicam os fundadores. Para já, o site informa apenas sobre greves nos transportes, “que são as que afectam mais pessoas”, mas a possibilidade de “colocar informações sobre greves noutros sectores está em discussão”, garantem.

Para obter informação sobre as futuras greves, João Pedro Neves e Carlos Eduardo Fonseca visitam outras páginas da Internet, como o site da CP, do Metro, da Carris ou da Transtejo. Os jovens visitam, igualmente, o site da CGTP e outros sindicatos, pois “também contêm algumas informações”. Por vezes, também os jornais servem de fonte de informação. Mas os afectados pelas greves também podem ajudar, enviando dados. “Naturalmente que estamos atentos às informações que os utilizadores nos enviam sobre futuras greves, para adicionarmos ao site”, explicam.

Os fundadores do hagreve.com confessam que “é mais chato, como cidadão, chegar à estação e descobrir no momento que não há transporte”. Assim, consideram importante saber de antemão que poderão existir problemas para chegar ao destino. “Algumas pessoas que têm essa liberdade acabam por preferir ficar por casa nesses dias, mas as que têm de se apresentar ao trabalho têm, por exemplo, que procurar outro meio de transporte com alguma antecedência ou preparar tudo para sair de casa mais cedo”, afirmam.

Na conjuntura actual, o problema das greves é “a resposta, que tem sido mais vezes ‘sim’ do que ‘não'”. Neste momento, têm informação sobre greves do Metro de Lisboa, bem como de outras transportadoras da capital e da CP, que funciona a nível nacional. “Aceitamos e procuramos informação de redes de transporte de outros locais do país”, declaram.

Até agora, tem havido uma grande adesão ao site, “com milhares de visitas e ‘likes’ no Facebook”, o que mostra que “as pessoas apreciam o trabalho que fizemos”. João Pedro Neves e Carlos Eduardo Fonseca também têm recebido, quer através das redes sociais, quer por email, felicitações pela iniciativa e, até sugestões, de novas funcionalidades.