A tradição do origami nasceu na Corte Imperial no Japão, há quase mil anos. Vista como uma actividade lúdica, foi passando pelas várias gerações, tendo sido adoptada e transformada numa arte. Hoje em dia, o origami é conhecido em todo o Mundo e considerado uma arte com cada vez mais adeptos.

De uma forma simples, consiste na arte de dobrar papel, uma vez que “ori” significa dobrar e “kami”, papel. Usando folhas de papel quadradas, o principal objectivo é criar um objecto tridimensional. Estimula a imaginação, a destreza e a concentração.

Sara Ascenção faz origami há nove anos, “desde o 12.º ano”. O gosto começou com a compra de um livro. “Como fiz trabalhos giríssimos, comecei a comprar mais”, conta. “Gosto muito de coisas calmas, minuciosas”, confessa. Os pássaros, os postais e as flores são os modelos que Sara Ascenção mais gosta de fazer.

Marta Figueroa faz origami “desce criança” apesar de, na altura, não haver muita informação. Com o acesso à Internet, Marta começou a experimentar modelos novos e, desde aí, nunca mais parou. “O origami é mesmo um vício”, confessa.

O Clube de Origami do Porto

Marta fundou o Clube de Origami do Porto com o objectivo de “divulgar o origami e juntar alguns amigos que gostavam de dobrar”. O primeiro encontro foi em Janeiro de 2007 e, desde então, o Clube de Origami do Porto reúne mensalmente para praticar a arte nipónica.

“O clube não é uma associação formal” e qualquer pessoa interessada pode ser “membro”, podendo “contribuir para o funcionamento dos encontros”, explica. Segundo Marta Figueroa, o “tsuru” é o modelo “mais conhecido mundialmente”, usado em muitos locais como “símbolo do origami”.

Foi na “Lótus&Lírios”, no Largo Alexandre Sá Pinto, que Marta Figueroa mostrou ao JPN como se fazem alguns modelos, como a Masu – o nome japonês usado para as caixas -, o pato de Robert Lang, o sapo e a rosa.

Para fazer origami, a paciência é um ingrediente fundamental. O “jeito de mãos” é acessório, uma vez que “com a prática, ganha-se o jeito”, afirma Marta.