Dois pratos tipicamente portuenses estão nos 70 pré-finalistas das “7 Maravilhas da Gastronomia”. “Bacalhau à Gomes de Sá” e “Tripas à Moda do Porto”, dois pratos centenários da cidade, foram os distinguidos pelo concurso.

As “7 Maravilhas da Gastronomia” vão representar a qualidade da gastronomia portuguesa, as regiões e o país, num roteiro de cheiros e sabores. O objectivo é divulgar e promover o património gastronómico nacional, reconhecido a nível mundial.

Ingredientes, produtos, cozinheiros e regiões são os protagonistas do concurso que se divide em quatro fases: após as candidaturas foram seleccionados 70 pré-finalistas. A próxima etapa vai reduzir os candidatos a 21.

Hélio Loureiro, reconhecido chefe de cozinha e autor do livro “Gastronomia Portuense”, entre outros, disse ao JPN que os pratos seleccionados são “incontornáveis na gastronomia nacional”. No entanto, considera que também “são redutores daquilo que é a culinária do Norte de Portugal”. “Nunca se pode reduzir a sete” nem a “um concurso de Internet de votações por chamadas telefónicas” a tradição de “uma nação que vai fazer 900 anos”, refere.

“Criativa e inovadora” são as palavras que Hélio Loureiro utiliza para se referir à gastronomia portuense. O chefe de cozinha diz que a melhor promoção que se pode fazer da culinária do Porto é “servindo com garbo” os turistas e clientes.

Hélio Loureiro deixa o desejo de que o “Bacalhau à Gomes de Sá” e as “Tripas à Moda do Porto” sejam apurados para a próxima fase do concurso. Aliás, na sua opinião, não seria de esperar outra coisa de “um prato que dá um nome a uma população, tripeiros que semanticamente quer dizer os que gostam de tripas, mas que está muito para além do prato em si”, remata.