O cineclube mais antigo do país comemora, esta terça-feira, 66 anos de existência. Para assinalar a data, será promovida uma sessão dupla: esta terça-feira passa o filme “Magnólia”, de Paul Thomas Anderson, que acompanha o percurso de 10 pessoas, cujas vidas se cruzam. Na próxima quinta-feira, será exibido o filme “Rosa de Areia”, o último trabalho do realizador António Reis.

Em entrevista ao JPN, José António Cunha, presidente do Cineclube, realça a importância do projecto para o Porto, afirmando que “está enraizado na identidade cultural da cidade”. O Cineclube pretende “gerar uma dinâmica de reflexão e permitir a redescoberta do cinema no Porto”, remata.

Depois da tomada de posse da nova direcção, em Fevereiro de 2010, o Cineclube tem vindo a apostar em parcerias com outros organismos que promovem a cultura na cidade, como o Espaço Maus Hábitos, o Museu Soares dos Reis e o Breyner 85. Para José António Cunha, estas instituições são “cruciais”, tendo em conta que “ajudam a sustentar a actividade do cineclube e contribuem para aumentar o público”.

No âmbito da parceria com o Maus Hábitos, serão lançados dois projectos: sessões de “live cinema”, que pretendem explorar as fronteiras do cinema com as artes performativas, e uma reflexão sobre cinema, filmada com telemóveis, smartphones e outros aparelhos portáteis.

Segundo José António Cunha, o futuro do Cineclube passa pela “estabilização” e pela ampliação da “oferta e da diversidade”. A divulgação do trabalho dos cineclubes universitários e a criação de uma estrutura de apoio à produção são metas a médio prazo. No próximo mês de Maio, o Cineclube vai marcar presença na Festa da Baixa do Porto, uma iniciativa do Centro Nacional de Cultura.