Peter Pereira tem hoje uma carreira de peso na arte da fotografia. Mas antes das objectivas e dos flashes, nasceu em Portugal, onde viveu até aos 9 anos na Figueira da Foz. Mudou-se para os EUA e foi na terra dos sonhos do “Tio Sam” que surgiu uma inesperada carreira. Em 1998 desistiu de uma carreira na área de Engenharia Informática para abraçar a carreira fotográfica.

Este ano recebeu o prémio de fotógrafo do ano pela “National Press Association” depois de, em 2006, lhe ter sido atribuído o mesmo reconhecimento. O fotógrafo, que tem raízes portuguesas, explicou que mais do que o prémio sente-se feliz por contar histórias que as pessoas não conhecem. Realça que a sua “profissão é a melhor do mundo” e que trabalha com gosto e prazer em tudo o que capta com a objectiva.

Trabalha com jornais como “The Washington Post”, “The New York Times”, “Chicago Tribune” ou a revista “Time”. Todos os dias a sua rotina inclui histórias através de imagens e alguns dos seus projectos demoram bastante tempo. Peter explicou ao JPN como é um dia normal de trabalho.
Destacou que “a economia mudou os media” e como isso trouxe mais desafios ao fotojornalismo.

Peter Pereira realça que os novos tempos trazem a necessidade de maior dinâmica no jornalismo, em especial ao fotojornalismo e, também, origina novas práticas. Para o fotógrafo, “o fotojornalista tem de fazer mais em menos tempo”. Reforçou que os jovens que desejam prosseguir uma carreira devem ser apaixonados pela arte da fotografia e “fotografar com o coração” porque isso é o mais importante, sem esquecer o empenho no trabalho.