Nos primeiros três meses de 2011, registaram-se um total de 1 119 insolvências, o que significa um aumento de 5% em relação a igual período do ano passado. Segundo a análise realizada pela Companhia de Seguros de Créditos (COSEC), Março merece destaque por ter ultrapassado os 400 processos de insolvência, o que não acontecia, pelo menos, desde Janeiro de 2009.

Analisando os primeiros três meses individualmente, em Janeiro, o número de processos tinha registado uma queda de 10,1% em termos homólogos. Por outro lado, em Fevereiro, o número de processos manteve-se inalterado e houve mais 27,6% insolvências em Março de 2011 do que em igual mês do ano passado.

As insolvências nos distritos de Lisboa, Porto e Braga concentram 60% do total, durante o período de análise. O Porto lidera com 260 processos, seguido de Lisboa com 244 casos enquanto que, em Braga, o número de insolvências fixou-se nos 169. Contrariamente, Beja e Bragança destacam-se por apresentarem os menores valores de insolvências no primeiro trimestre de 2011 (quatro e cinco casos, respectivamente).

Os sectores mais afectados são a construção civil com 152 casos (aumento de 14%), a indústria do vestuário com 75 casos (aumento de 7%) e vomércio a retalho de outros produtos, com 71 (aumento de 6%).

Se se analisar por distrito e sector, verifica-se que, no Porto e em Braga, o sector com maior número de insolvências é a indústria do vestuário (9% e 23% respectivamente), enquanto que em Lisboa é a construção de edifícios (12%) que regista mais casos de insolvência. O aumento de insolventes está de acordo com as previsões avançadas pela COSEC, no início do ano.