O preço dos livros é alto. Para conseguir ler boas histórias a baixo custo, muitas pessoas optam por algumas “estratégias” que são cada vez mais utilizadas e promovidas. Livros à venda em alfarrabistas ou feiras do livro, livros de bolso, disponíveis online, comunidades na Internet, são apenas algumas das formas de poupar dinheiro com a literatura. O JPN quis, por isso, perceber como se pode ler, em Portugal, a baixo custo.

Catarina Oliveira, estudante na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, diz que “alguns livros originais (em inglês) custam 10/12 euros”, enquanto que, em português, “chegam a custar 20 euros”. Para a jovem, é “uma diferença muito grande”, algo que “não é compreensível”, comenta.

Ana Bárbara Pedrosa, estudante da Universidade do Minho, contou ao JPN que, para poupar algum dinheiro com a compra de livros, opta por frequentar “feiras do livro, alfarrabistas e um outlet de livros” que descobriu nas ruas de Lisboa. Nestes locais, os livros têm preços “mais acessíveis do que nas outras livrarias”, refere.

Os alfarrabistas dispinibilizam uma quantidade imensa de livros, geralmente com preços “bem mais acessíveis” que nas outras livrarias, diz Catarina Oliveira. Isto não acontece só com livros mais antigos, também se encontram livros de literatura corrente neste tipo de lojas.

Ana Bárbara Pedrosa, que também já escreveu dois livros, prefere não dispensar o “prazer que se tira da leitura” através do toque físico nos livros. Por este motivo, a jovem confessa que raramente lê livros no computador, só “alguns de teor mais político ou económico”, que usa apenas para “tirar dúvidas pontuais”. Catarina Oliveira confessa que também não gosta de ler no computador, até porque não considera que seja uma solução “muito prática”. “Como ainda não consegui comprar um e-reader, ainda não sou muito adepta dos livros online”, adianta.

Pelo contrário, Ana Luísa Amaral, escritora e professora na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, diz que os livros online são uma maneira “prática” de ler mas, na sua opinião, “não substituem o livro tradicional”.

Relativamente aos livros de bolso, Ana Pedrosa refere que “a leitura pode não ser tão cómoda, mas a produção é mais barata e o produto fica, por isso, mais barato”. Facto que torna, por si só, este tipo de livros mais atractivos e acessíveis. Por terem um tamanho mais reduzido são também mais práticos e de fácil transporte.

Ana Luísa Amaral considera que os livros de bolso não “têm que ser maus”; podem, pelo contrário, surgir como “uma forma económica de divulgar o livro”. Por outro lado, dão também uma “alternativa mais económica” aos consumidores, refere Catarina Oliveira. Ainda assim, a jovem diz que “por uma questão ‘estética'”, não é adepta deste tipo de publicações. “Acho que os livros maiores são mais bonitos e agradáveis de ler”, confessa.