Portugal exporta cortiça para mais de 100 países, mas a maior fatia da produção vai para o mercado norte-americano. Neste âmbito, foi lançada nos Estados Unidos da América a campanha “100% Cork”, com o objectivo de contrariar a tendência de crescimento dos vedantes de alumínio e de plástico. Segundo dados da AC Nielson, a venda de 100 vinhos selados com cortiça entre as principais marcas americanas subiu 13,8%, num período de 12 semanas, o que representa um aumento de 12% nas receitas.

Em Portugal, o sector corticeiro está a trabalhar num plano de comunicação e divulgação da cortiça nos mercados mundiais. O projecto “Intercork”, lançado pela Associação Portuguesa de Cortiça (APCOR) e financiado pelo QREN, teve um investimento de 21 milhões de euros e pretende “criar condições que favoreçam a exportação de cortiça”, segundo Joaquim Lima, director da APCOR.

A campanha “Intercok”, lançada em 2010 e com efeitos até este ano, abrange 10 países em áreas emergentes, mas também destinos de exportação onde a rolha de plástico tem substituído a rolha de cortiça, como é o caso dos Estados Unidos da América. O impacto gerado por este projecto tem sido “muito positivo” sobretudo pela “aposta na divulgação através das redes sociais”, refere Joaquim Lima.

O presidente da APCOR assume que a crise mundial “afectou seriamente a exportação de cortiça”, mas considera que a aposta neste sector pode ser “uma das soluções” para os problemas do país”, já que Portugal precisa de “inverter o défice da balança comercial”.