O Minigolfe, desporto de origem britânica, surge como alternativa ao golfe, dirigido apenas para a sociedade elitista do século XX. António Abreu, do Minigolfe Clube de Portugal, conta que o desporto “surgiu com a necessidade de expandir o golfe a mais pessoas e de o tornar mais barato”.

Os campos de Minigolfe “com obstáculos colocados sobre a relva” começaram a ser construídos nos anos 30. Durante os anos 40 surgiram “vários campos de Minigolfe, todos com desenhos diferentes”, remata António.

Segundo António Abreu, no Minigolfe “não existe o conceito de adepto”, uma vez que pode ser praticado por pessoas de “todas as idades“. O desporto não exige “muito esforço físico”, apenas “concentração e perícia”, remata. Apesar do crescimento, confessa que a modalidade ainda é “pouco valorizada”.

Em Portugal, a Federação Portuguesa de Minigolfe controla a prática deste desporto. Vítor Condeço, presidente da FPM, refere que “as competições costumam atingir algum público” mas que, mesmo assim, a modalidade deve ser promovida tentando chegar “ao maior número possível de pessoas”. A Federação Portuguesa de Minigolfe tenta, neste sentido, “levar provas oficiais a locais inéditos e apoiar a criação de novos clubes”, diz.

O principal objectivo é, segundo o presidente da Federação, “aumentar o número de praticantes”, uma vez que o Minigolde “é um desporto que permite uma ocupação dos tempos livres aliada à prática de desporto ao ar livre e desenvolve várias capacidades importantes, como a concentração, as capacidades motoras, o auto-controlo e a auto-estima”, remata.

No Porto, também se joga

“É um desporto muito acarinhado pelo público enquanto actividade de lazer” e é praticado por “pessoas de todas as idades e de ambos os sexos”, afirma André Campos, do Clube de Minigolfe do Porto. Mesmo assim, “são poucos os que conhecem” a modalidade enquanto desporto federado, diz. Os praticantes federados “são atraídos pelo estímulo mental” que o desporto provoca devido à sua “complexidade” e “espírito de companheirismo”, esclarece.

Actualmente, o Clube de Minigolfe do Porto tem em mãos um projecto que visa promover o desporto junto de jogadores jovens, por forma a “crescer sustentavelmente, com juventude”, melhorando a competitividade no panorama internacional. Está também responsável pela organização do Campeonato Europeu de 2012, em Agosto. André Campos acredita que estão no “bom caminho”.

No Porto, a modalidade pode ser praticada apenas no Jardim do Passeio Alegre, na freguesia da Foz do Douro. A pista de Minigolfe do Parque da Cidade foi desmontada em 2010. “Só existe o Minigolfe do Passeio Alegre aberto ao público”, elucida André Campos, do Clube de Minigolfe do Porto. Por duas horas, o preço ronda os dois euros.