A Assembleia Municipal do Porto (AM) impediu o avanço do referendo popular, que contesta a construção de um Centro de Congressos nos jardins do Palácio de Cristal.

A rejeição contou com os votos da coligação PSD-CDS/PP e do PS, cujo líder concelhio, Manuel Pizarro, já tinha assumido a sua posição. A CDU e o BE votaram a favor, mas juntos só representam sete deputados num total de 54.

Desde o envio do relatório à AM que a comissão de acompanhamento discordava entre si. Criticava-se a ilegalidade do referendo e alertava-se à existência de um contrato-programa que já estava destinado a requalificar e reabilitar o Palácio de Cristal. A Câmara Municipal do Porto tinha delegado à Porto Lazer a gestão do projecto, pelo que um referendo local ia ficar fora do âmbito.

O protesto partiu do “Movimento de Defesa dos Jardins do Palácio”, que conseguiu mais do que as 5 mil assinaturas necessárias para levar o assunto a discussão à Assembleia Municipal. Já na altura, defendiam a reabilitação do edifício existente e não a construção de um novo edifício, que tiraria o conteúdo aos jardins.