O mote da Switch Conference foi “Embrace Change”, ou seja, abraçar a mudança, a inovação. Daí que os conferencistas sejam de áreas diferentes, desde a tecnologia à criatividade, passando pelas redes sociais e pelo empresariado. A ideia é juntar todos esses profissionais de áreas diferentes e encontrar pontos em comum.

Tanto o criativo Ji Lee como o profissional em conferências Gianfranco Chicco consideram a Switch um novo género de evento e realçam a interactividade entre oradores, convidados e participantes. O facto de se quebrarem as barreiras entre todos permitiu uma grande “troca de contactos” que pode, no futuro, “desenvolver-se para questões profissionais, como adianta Gianfranco. “A conectividade é incrível”, diz.

A palestra de Ji Lee foi uma das mais aplaudidas. O ex-director criativo da Google, que vai ocupar esse cargo no Facebook, é um bom exemplo de como áreas diferentes se podem complementar. “Geralmente falo em conferências sobre criatividade, mas na Switch fala-se, também, de empresas e tecnologia”, entende. Por isso, o criativo teve de “adaptar um pouco a apresentação”. “O tema das minhas palestras gira em torno do poder transformativo dos projectos pessoais, por isso acaba por se conseguir arranjar um ponto em comum entre todos, independentemente da área em que se trabalhe”, diz, ao JPN.

Em relação à mudança do motor de busca para a maior rede social do mundo, Ji Lee é peremptório. “Ambas as empresas são bem criativas, não se encaixam no modelo corporativo que estamos habituados a ver. Mas a grande diferença entre as duas empresas é o tamanho. A Google tem 20 mil empregados, enquanto que o Facebook tem dois mil”, afirma. O criativo quer ter mais impacto na rede social porque “tem menos pessoas a trabalhar” e acaba por “ter mais oportunidades”. Mas “ambas funcionam com base na criatividade das pessoas”, afiança Ji Lee.

Ricardo Diniz, velejador e empresário, considera a Switch “um bom projecto, com potencial para ser ainda melhor”. A participar pela primeira vez no ciclo de conferências, Ricardo mostrou-se “feliz” por ver tantos jovens a trabalhar como verdadeiros profissionais, na organização de um evento “com gente grande”, como o próprio referiu. Este empreendedor afirma que “quantidade não é qualidade”, mas que muitos jovens portugueses deviam tomar a Switch como um exemplo.

Para além da interactividade, convívio e troca de conhecimentos, os três conferencistas realçam a organização e toda a logística que envolveu a Switch Conference. Recorde-se que Ricardo Sousa, fundador do evento, tem apenas 18 anos, facto que surpreendeu os participantes.