O novo programa eleitoral do Partido Socialista não inclui o projecto do TGV. Esta quinta-feira, António Mendonça não quis falar do assunto, mas afirmou que o projecto se mantém.

“Eu estou aqui na condição de membro do Governo. Não sou a pessoa mais indicada para fazer comentários a esse respeito”, referiu o ministro, “mas não há nenhuma alteração relativamente àquilo que é do conhecimento público em relação a esse projecto”, explicou, à margem na cerimónia de inauguração do novo cais de cruzeiros do Porto de Leixões.

“Além do que já é conhecido publicamente sobre os custos, os benefícios e a importância de uma obra dessa natureza para a economia do país”, o ministro realçou que nada de novo há a falar.

António Mendonça explicou que o contrato do troço de alta velocidade ferroviária Poceirão-Caia foi firmado há um ano e que “está no Tribunal de Contas (TC) para apreciação em termos do visto prévio”. O Governo “aguarda com toda a serenidade o desenrolar do processo” e o ministro de Obras Públicas mencionou, ainda, um segundo pedido de esclarecimentos feito pelo TC.

Apesar de assegurar a continuação do projecto do TGV, António Mendonça revelou que a crise que está a afectar Portugal vai obrigar a uma maior selectividade. “Tivemos a oportunidade de fazer revisões de projectos que estavam programados e que deixaram de estar. Nós temos a obrigação de ser mais exigentes e selectivos”, realçando, contudo, a necessidade de “continuar a construir o futuro”. “O país não pode parar”, afirma António Mendonça.

O TGV, a terceira travessia sobre o Tejo e novo aeroporto de Lisboa não integram o programa eleitoral do PS. Apesar disso, António Mendonça acredita que se “trata de um programa excelente” e que não só “parte da realidade que é o país neste momento, mas transmite uma mensagem de optimismo e de confiança relativamente ao país e às capacidades dos portugueses”, afirma.