As noites da Queima das Fitas do Porto começam já este sábado, 1 de Maio. Blá Blá Blá é a banda que vai inaugurar o palco do Queimódromo, graças ao concurso de bandas de garagem. O vocalista e guitarrista Joel Zão explica que não estavam propriamente à espera de ganhar o concurso [em que também tinham participado em 2008], mas acham que foi merecido.

Actuar pela primeira vez na Queima é um “sentimento difícil de explicar”, afirma Joel Zão. Durante anos, os elementos da banda estiveram no Queimódromo como “espectadores assíduos” e sempre “sonharam” em actuar na festa académica. Joel Zão não tem dúvidas de que vai ser o “ponto mais alto da banda” e que vai marcar o “início de um novo ciclo”, de mais visibilidade a nível musical.

O grande objectivo dos Blá Blá Blá é que a sua música chegue ao maior número possível de pessoas e consideram que a Queima das Fitas é excelente para isso. Joel Zão garante que os Blá Blá Blá vão mostrar “muita garra e atitude”.

O concerto vai-se centrar no EP “O meu nome é todas as palavras que conheces”, mas pretendem também mostrar músicas novas que ainda não foram editadas. A banda acredita que vai despertar “curiosidade” e só espera que o público “não fique indiferente”.

No domingo, quem actua é Sean Riley & The Slowriders. Afonso Rodrigues (Sean Riley) espera que a banda tenha possibilidade de oferecer um bom concerto. Para já, o vocalista afirma que “não há dois concertos iguais” e que tudo depende muito do que é transmitido pelo público.

A banda, que também actua este ano na Queima de Coimbra, vai testar já alguns temas do novo álbum, que é lançado no final de Maio, informa o vocalista. Afonso Rodrigues garante que o público pode esperar uma banda que tem “muita vontade de tocar” e que, por norma, “se apresenta com bastante energia”.

“As expectativas são sempre altas”

Nuno Moura, Pedro da Rosa, Luís e Manuel Fúria são os elementos da banda portuguesa Os Golpes, que actua na quinta-feira, 5 de Maio. A banda começa por brincar, dizendo que o convite para a actuação surgiu “debaixo da porta da sala de ensaios, selado com lacre”, e que por momentos recearam “tratar-se de um assunto grave”. A banda, que se estreou em festejos académicos na Covilhã, a 30 de Março, arrisca dizer que a Queima do Porto tem “maior dimensão, mais meios, mais público e mais exposição” do que as outras queimas do país.

No entanto, os Golpes afirmam que, no que tem a ver com eles, não há grandes diferenças: têm “um palco onde mostrar o que valem” e “um público para se juntar à festa”. As expectativas são “sempre altas” e, além disso, têm “saudades de tocar no Porto”. O público pode esperar “quatro bandidos que se vão matar para o pôr a dançar, por fora e por dentro”, garante a banda.

“Tocar em casa é especial”

Os X-Wife já estiveram em quase todas as Queimas do país e só faltava mesmo a do Porto. Para João Vieira, vocalista e guitarrista, o público da Queima é um público que “interessa a qualquer banda”, por ser jovem. Tocar em casa “é especial” para o vocalista, embora por vezes seja “mais complicado”, afirma.

A banda já deu cerca de 300 concertos, inclusive em grandes festivais, e portanto já estão “habituados a tocar para qualquer tipo de público”, afirma João Vieira, o que é algo que lhes dá “mais vontade de estar em palco”. O vocalista dos X-Wife também realça a participação do público.

João Vieira afirma que os X-Wife vão tocar para quem já os conhece, mas também querem “chegar a um público novo”, que ajuda sempre ao crescimento da banda. Garante que não há uma responsabilidade acrescida de pisar o palco no mesmo dia que os MGMT, e lembra que os X-Wife trabalham constantemente a nível de ensaios, escrita de músicas e lançamento de discos.

É exactamente um disco novo que sai dois dias antes da actuação na Queima. O público pode contar com os singles já conhecidos, mas também com temas novos e um concerto “ligeiramente diferente” daquilo que costumam fazer, com mais quebras e músicas mais lentas.