Esta quinta-feira, na segunda mão das meias-finais da Liga Europa, vão ficar conhecidos os finalistas da prova. Para começar, o jogo entre Sp. Braga e Benfica reveste-se de um paradoxo, na medida em que já se sabe quem vai estar presente no importante jogo de Dublin, mas, ao mesmo tempo, ainda não se sabe. Passe-se à explicação: enquanto existe a certeza de que, dessa eliminatória, sairá vencedora uma equipa portuguesa, ainda não se sabe qual das duas equipas nacionais será. Quanto mais não seja por causa do resultado equilibrado que saiu da primeira mão.

Cabe, assim, ao FC Porto, o jogo da paciência. De facto, falta muito pouco para os portistas garantirem uma final europeia 100% portuguesa. Mais precisamente, 90 minutos, a partir das 20h05 desta quinta-feira. Só se os “dragões” vissem o Villarreal empatar a eliminatória (5 – 1), é que teriam de esperar mais tempo (nesse caso, 120 minutos, por causa do prolongamento) para conhecerem o seu destino. Apesar de tudo, mais cedo ou mais tarde, o mais provável parece ser a passagem “azul-e-branca”, tendo em conta a goleada construída no Porto.

Sp. Braga – Benfica (20h05 – 1ª mão: 1 – 2)

Este vai ser o jogo do tudo ou nada para o Benfica. Perdido o campeonato e gorada a possibilidade de vencer a Taça de Portugal, as duas competições internas mais importantes, os “encarnados” têm na Liga Europa a tábua de salvação. Curioso é o facto de, também aqui, o obstáculo do Benfica provir das competições internas: o Braga. Com efeito, no caso dos minhotos, antevê-se que a partida da segunda mão também seja de grande sacrifício. Apesar da derrota, o golo marcado em Lisboa dá esperança aos arsenalistas, que apenas precisam do 1 – 0 para passarem.

É contra essa fé que Jorge Jesus vai batalhar, ainda que saiba que o Braga já demonstrou capacidade para empatar a eliminatória, pois foi esse o resultado registado no último confronto entre as duas equipas no Estádio AXA, para a Liga ZON Sagres. Nessa partida, o guarda-redes Roberto “meteu água” e, nos últimos jogos, tem continuado a ser alvo de contestação, mas o técnico das “águias” parece ter uma fé inabalável no espanhol. O mais certo, passa pela sua titularidade. Para este jogo decisivo, Jesus não pode contar com Aimar e Domingos Paciência não terá Vandinho e Paulo César, todos castigados.

Villarreal – FC Porto (20h05 – 1ª mão: 1 – 5)

Os “dragões” vão entrar no estádio El Madrigal, em Espanha, com o estatuto de terceira melhor equipa do mundo, derivado da posição que ocupam no ranking do mês de Abril, da Federação Internacional de História e Estatística do Futebol (IFFHS). Mais ainda, os portistas vão jogar em “casa”. Isto porque, nesse ranking, a equipa de André Villas-Boas apenas fica atrás dos dois “colossos” espanhóis: Barcelona (1º) e Real Madrid (2º).

Além desse estatuto, o FC Porto apresenta-se diante do Villarreal com outro argumento de peso: os cinco golos marcados na primeira mão, que dão tranquilidade aos “azuis-e-brancos”. Mas como se isso não bastasse, os portistas ainda possuem uma outra boa referência: em todos os jogos que disputaram fora de “portas” na presente edição da Liga Europa, só conheceram o sabor da vitória. Apesar do favoritismo que leva para o confronto desta quinta-feira, prevê-se que André Villas-Boas não facilite, podendo mesmo colocar em jogo o “onze” titular mais forte, onde até se inclui João Moutinho, que está a apenas um amarelo de falhar a final europeia, se o FC Porto lá chegar.