“Temos de obter ganhos de competitividade através de aumentos de produtividade, de parcerias, do desenvolvimento tecnológico ou inovação, da criatividade e da diferenciação dos bens e serviços”, destacou Cavaco Silva no Congresso do Empreendedor Lusófono. O Presidente da República (PR) espera da nova geração de empreendedores “não soluções milagrosas, mas sim uma dinâmica refrescada”, que permitam aumentar a produtividade e a competitividade das empresas nacionais.

O PR a “importância da renovação do tecido empresarial”, acrescentando que, no congresso, essa renovação era possível. São os jovens que, segundo Cavaco Silva, promovem o tecido empresarial e são eles que vão “contribuir de forma decisiva para dar a volta” que o país necessita.

Cavaco Silva referiu que o grande desafio que Portugal enfrenta é “ser capaz de desenvolver uma recuperação económica sustentável em investimento verdadeiramente produtivo”. Para fazer crescer a economia, o Presidente da República entende ser necessária a “ousadia dos agentes económicos, o reforço do investimento privado e do associativismo empresarial”.

Para Cavaco Silva, a realização desta iniciativa “dá um bom exemplo do dinamismo que deve caracterizar o envolvimento da sociedade civil” e um “impulso para o desenvolvimento de negócios em português”.

Rui Rio, presidente da Câmara Municipal do Porto (CMP), referiu que “fomentar as relações internacionais é bom para Portugal e para os outros países”. Por estes países “comungarem a mesma língua, terem uma história comum, raízes culturais comuns e culturas idênticas aproveitar estas sinergias é um acto de inteligência”, disse Rui Rio

A crise é, segundo o presidente CMP ,”culpa de erros próprios” portugueses e, por isso, o país “vai ter que se adaptar a viver de acordo com aquilo que produz”. O autarca destacou a necessidade de Portugal melhorar a produtividade para melhorar a competitividade. Para Rui Rio, “a cidade do Porto é uma fábrica de produção da principal matéria-prima da competitividade”, uma vez que tem a maior universidade do país e um vasto conjunto de universidades privadas que “formam o que é fundamental para a competitividade”.

“Lusofonia tem que figurar entre os desígnios estratégicos de Portugal”

O presidente da Associação de Jovens Empresários (ANJE), Francisco Maria Balsemão ,destacou a importância do evento, lembrando que a “lusofonia tem que figurar entre os desígnios estratégicos de Portugal”. Segundo o presidente da ANJE, o congresso “consubstancia o largo contributo para a estratégia portuguesa de recuperação económica”.

José Manuel Briosa e Gala, conselheiro especial do presidente da Comissão Europeia, disse que é necessário “reflectir a consciência de que ninguém pode substituir a sociedade civil”. Por esta razão, José Manuel Gala considerou o congresso uma iniciativa muito relevante.

“Potenciar globalmente o crescimento dos negócios que falam português” é o propósito da realização do Congresso Empreendedor Lusófono. Na Alfândega, o congresso reúne empresários de países lusófonos para obter “um espaço de networking e oportunidades”.O evento com empreendedores de Portugal, Brasil, Angola, Moçambique e Cabo Verde termina este sábado, 7 de Maio.