O vento e a chuva começaram com a abertura das portas do recinto, mas a primeira banda da noite, os portugueses Blind Zero, abriram o concerto já com algumas centenas de pessoas. Atrás da banda, no palco, lia-se “Luna Park”, o nome do último álbum lançado. “Shine On”, a música do penúltimo álbum dos Blind Zero, atraiu mais estudantes e mais aplausos e “Snow Girl” agitou outros milhares de pessoas.
“Este é o nosso público”, resume Vasco Espinheira, guitarrista da banda, em conferência de imprensa. “Para nós é uma honra, é um prazer e só esperamos que esta tradição fique para sempre porque é a nossa queima”, acrescenta.
Os Blasted Mechanism pisaram o palco já muito depois da meia noite. A agitação começou logo na primeira música e perdurou até às 03h00 com temas como “Blasted Empire” e alguns do último disco, como “Start to Move”. A banda portuguesa proporcionou, para muitos, o momento mais alto da noite, com uma forte energia a ser sentida no recinto do Queimódromo. “Sigo-os para todo o lado”, disse uma fã que veio de Braga de propósito para ver a banda.
Valdjiu, vocalista dos Blasted Mechanism, mostrou-se bastante feliz com a actuação e desvalorizou a chuva e o vento do último dia no Queimódromo. “A chuva parece que não fez grande mossa”, brincou na conferência de imprensa. “Power total” foi a expressão utilizada por Valdjiu para caracterizar o concerto no Porto.
O balanço da Queima das Fitas
São várias as opiniões sobre a semana académica, que começou a 1 de Maio e termina este domingo, no Porto.
“Igual ao ano anterior. Está fixe” são as palavras que saem da boca de Pedro Baptista, frequentador assíduo das edições da Queima das Fitas do Porto e que definem as noites no Queimódromo deste ano. Filipa Rodrigues, estudante da Universidade do Porto, não concorda. A Queima está “pior do que no ano passado”. Justifica-se com o cartaz. “Está menos gente na queima, o tempo não ajuda também”, explica.
“Um grande cartaz com Blasted Mechanism”, brinca Valdjiu, acrescentando: “gosto muito de Patrice”. “A Queima do Porto sempre foi boa e tem vindo a melhorar”, opinião de uma estudante de Braga. Artur Moreira, universitário do Porto, acha que “há mais segurança” este ano e que a semana está “mais bem organizada”.
Pela edição da Queima das Fitas do Porto 2011 passaram nomes internacionais como The Divine Comedy, MGMT ou Suede, os habituais concertos de Quim Barreiros e Xutos e Pontapés e ainda artistas portugueses como David Fonseca, Blind Zero e Blasted Mechanism. Sete dias e sete noites académicas que levaram milhares de pessoas às ruas do Porto e ao Queimódromo, situado no Parque da Cidade.