A ideia surgiu em Espanha, mas pouco tempo depois já existia em Portugal. A “Democracia Verdadeira, Já!” formou o grupo “15 de Maio – A Rua é Nossa”, que convocou manifestações em vários pontos do país, nesse mesmo dia. Porto, Braga, Lisboa, Faro, Coimbra e Setúbal recebem os protestos de todos aqueles que estão “fartos de reformas anti-sociais” e “cansados dos bancos que provocaram a crise”.

Tal como na “Geração à Rasca”, as redes sociais estão a ter um papel preponderante na difusão do manifesto. No evento criado no Facebook, 566 pessoas já confirmaram presença. No próximo domingo, 15 de Maio, os participantes sairão à rua para defender, entre outras coisas, “o progresso, a solidariedade, a liberdade cultural e o desenvolvimento sustentável, o bem-estar e a felicidade das pessoas”. Tudo isto consta no manifesto, traduzido do original espanhol.

De acordo com a informação avançada no site oficial do movimento, o grupo é constituído por jovens, adultos e idosos, alguns com ideologias bem definidas, existindo também elementos apartidários. O JPN entrou em contacto com a organização do “15 de Maio”, que garantiu que o movimento será completamente apartidário. Para já, ainda não se pode fazer uma previsão do número de participantes, mas os responsáveis pela iniciativa esperam uma boa adesão.

Os elementos organizadores, que preferem não falar a título individual, dizem que “todos os movimentos aglutinadores e mobilizadores, que potenciem a consciência e acção cívica são, nos tempos que correm, de grande urgência”.

A organização garante ainda que não pretende demarcar-se do Movimento 12 de Março, mais conhecido por “Geração à Rasca”. “Muitos de nós também estiveram nesse protesto, além de termos noção de que a movimentação em Espanha se inspirou também no 12 de Março”, adianta o grupo.