“A ideia de ser grande não é ser, é estar”, começa por afirmar Álvaro Costa. E, nesse sentido, o apresentador do programa “Liga dos Últimos” pensa que “estamos em vias de ter quatro grandes” do futebol português: Porto, Benfica, Braga e Sporting. No entanto, acredita que o Sporting terá de, nos próximos anos, “pedalar para merecer este adjectivo”, apesar do “património e “currículo espantoso”. Na opinião de Álvaro Costa, o risco do Sporting perder o estatuto de “grande” é um risco “muito eventual e muito longínquo”.

Álvaro Costa está convicto de que o Braga pode ser considerada uma das melhores equipas no panorama actual do futebol português. Mas “falta-lhe consistência”, afirma. No momento, “é evidente que é uma equipa muito poderosa”, que “facturou mais do que em vários anos” e que, portanto, “terá no mínimo alguma pujança financeira nos próximos anos”. Quanto à saída do treinador do Braga, Domingos Paciência, Álvaro Costa pensa que, “quem quer que se siga, terá fortes dificuldades face à fasquia” colocada.

O comentador desportivo afirma que há uma ligação entre as relações económicas, políticas ou sociais e o sucesso desportivo. Lembra que a cidade do Braga “deu um salto enorme nos últimos anos” e, embora seja “discutível que isso seja proporcional ao sucesso do Sporting Clube de Braga, há uma relação”. O comentador não acha que a “grandeza” do país tenha a ver com o sucesso desportivo. Álvaro Costa sublinha que “há países mais pequenos”, como a Holanda e a Bélgica, “que sempre tiveram grandes clubes”.

“A Liga Europa não tem a mesma importância e peso que a Liga dos Campeões”, lembra, no entanto, o comentador desportivo. A Liga dos Campeões é, de facto, “o local onde a grande montra europeia é colocada e Álvaro Costa não acredita que, “nem daqui a três mil e quatrocentos anos, cheguem três equipas portuguesas às meias-finais”.