Foi esta sexta-feira lançada a primeira pedra do Centro Materno-Infantil do Norte (CMIN), junto à maternidade Júlio Dinis. A obra, que tem sido sucessivamente adiada nos últimos 20 anos, está orçamentada em 42,4 milhões de euros e estará concluída em Agosto de 2013, segundo garantiu o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Manuel Pizarro.

Assumindo que foi um “processo complexo” pelo qual se “aspirava há tanto tempo”, Pizarro realçou que a obra “chegou a bom porto”, com “todas as questões resolvidas” e que é “motivo de satisfação, sobretudo para as mães e para as crianças do Porto”.

Manuel Pizarro garantiu ainda que, na obra que arrancou hoje, todos os “problemas estão sanados” e está assegurada a “compatibilidade urbanística do projecto e um acordo muito claro entre os profissionais sobre o seu programa funcional”. Foi também assinado o protocolo com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDR-N), entidade responsável pelo “financiamento comunitário superior a 50% do custo da obra”, explicou o secretário de Estado.

O responsável chamou, também, a atenção para as “boas condições técnicas” da maternidade Júlio Dinis que contribuíram, segundo Manuel Pizarro, para que Portugal seja hoje “um dos melhores países do Mundo nos índices de saúde materno-infantil”. Por isso, o que será melhorado com o novo projecto está relacionado com “as condições de comodidade e de espaço físico, que não são as mais adequadas”.

Manuel Pizarro acrescentou, ainda, que, na cerimónia, a “representação da Câmara Municipal do Porto” (CMP), feita pelo vice-presidente Álvaro Castello-Branco, “é de altíssimo nível”, garantindo que “está claramente acordado tudo o que era necessário com as entidades envolvidas”. Isto porque, na cerimónia, o presidente da CMP, Rui Rio, não esteve presente. A autarquia portuense chumbou o projecto do CMIN por duas vezes.

A construção o CMIN avançou mais de duas décadas depois de ter sido anunciado e meses depois de negociações entre a CMP e o Centro Hospitalar do Porto (CHP), o seu promotor. Para chegar a acordo, o projecto foi alterado no início do ano. Estas mudanças prendem-se com a construção de um arruamento para melhorar o escoamento do tráfego da zona envolvente à maternidade e a redução da área que vai cercar o edifício.

Esta sexta-feira foi, também, inaugurado, pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, o Centro Integrado de Cirurgia de Ambulatório (CICA) do Centro Hospitalar do Porto. Manuel Pizarro considera que a obra é “emblemática do esforço que se está a fazer para requalificar o Serviço Nacional de Saúde” (SNS). “Entre 2005 e 2010, o tempo de espera de 8,6 para 3,3 meses e vamos baixar ainda mais. É essa a ambição do SNS”, frisou.