Uma das mais famosas obras de Eça de Queiroz, “Os Maias”, foi adaptada numa curta-metragem. Mas os actores são, no mínimo, curiosos. Engenheiros, directores de obras e colaboradores dos diversos departamentos do grupo Domingos da Silva Teixeira (DST) interpretam as personagens principais.

O desafio lançado pela empresa aos colaboradores teve uma adesão “muito positiva”, conta Margarida Pereira, directora de comunicação e recursos humanos da DST, ao JPN. Aliás, acrescenta, os trabalhadores “já não estranham” quando são desafiados para iniciativas deste género.

Apesar de ser uma empresa que opera no ramo da engenharia e construção civil, a DST associa-se frequentemente a diversas iniciativas culturais. Margarida Pereira constata que este tipo de projectos permite aos trabalhadores desenvolverem as suas competências pessoais e sentirem-se “mais realizados”.

Com esta curta-metragem, a DST pretende “criar uma edição pop” de uma “das mais importantes obras da literatura narrativa portuguesa”, explica Margarida Pereira. E embora a acção remonte aos anos 70 do século XIX, Margarida acredita que a história se mantém contemporânea.

A opção por uma obra literária advém não só do prémio que a empresa promove há 15 anos mas, também, do protocolo com agrupamentos de escolas para promover a leitura. Para ajudar no projecto, a empresa convidou a fotógrafa Ângela Pereira, que também já participou noutras iniciativas da DST.

A curta-metragem vai ser exibida esta sexta-feira, 27 de Maio, pelas 21h30, no Theatro Circo de Braga. O evento vai contar com a presença de Isabel Pires Lima, uma especialista na obra de Eça de Queiroz e, ainda, com um concerto de Noiserv, responsável pela banda sonora da curta-metragem.

Posteriormente, o filme vai ser exibido noutros espaços e, inclusivamente, participar em alguns concursos internacionais.