“Na defesa do Estado social, privilegiamos a educação, a saúde e o tecido produtivo do país”, declara Carlos Branco, cabeça de lista do Partido Nacional Renovador (PNR), candidato às legislativas pelo círculo do Porto. “Acompanhamos a evolução do país desde 1974” e, “por causa da incompetência da negociação dos políticos portugueses que estão junto de Bruxelas, fomos perdendo o tecido industrial”, salienta.

No que respeita à região Norte, o candidato do PNR sustenta que “os governos centrais têm sacrificado a região”, nomeadamente “os governos PS” com “a história das SCUT”, que prejudicam “a produtividade e a circulação dos bens e serviços”.

“O PNR, oficialmente, é contra a regionalização mas, dentro do partido, é um tema fracturante”, explica o candidato.”A questão da regionalização só surge porque o país está mal dividido em termos económicos e demográficos”, afirma Carlos Branco. “Como há grandes assimetrias e grandes injustiças”, por inerência surge a questão da regionalização, “como uma espécie de tentativa das regiões sobreviverem”, certifica.

Carlos Branco condena a existência de “demasiados recursos e benefícios na zona da capital do país”, nomeadamente os projectos para “o aeroporto, as travessias do Tejo e o TGV”, que “são desperdícios de dinheiro” e beneficiam a “zona de Lisboa”, enquanto “mais uma vez, o Norte, Centro e Interior são esquecidos”.

Os resultados do partido nas legislativas têm sido “francamente maus” devido à falta de “visibilidade do PNR”. Quando o partido faz “uma luta honesta, a apresentar alternativas e um programa de recuperação baseado em preceitos lógicos”, é “completamente silenciado”. Na esperança de eleger um deputado, nas próximas legislativas, Carlos Branco assegura que, se tal acontecer, “as pessoas vão perceber que o PNR não é um bando de idiotas, nem indivíduos virados para o passado”. “O PNR é um partido virado para o futuro e com propostas viáveis”, conclui.