“Agir para contribuir para o desenvolvimento de todos os sectores do aparelho produtivo nacional”, tendo em conta a “exploração racional de todos os recursos” do país é a “bandeira” de Joaquim Pagarete, candidato às legislativas do Partido Operário da Unidade Socialista (POUS) pelo círculo do Porto.
O candidato do POUS defende que é necessário desenvolver um “plano nacional de desenvolvimento” que possa abranger “a utilização de toda a massa crítica qualificada de dezenas de milhares de jovens licenciados” que não têm emprego e foram obrigados a imigrar para o estrangeiro por não terem “condições práticas para aplicar os seus conhecimentos em Portugal”.
Na região do Porto, é urgente atender ao desemprego, pois a região está a ser afectada por uma das mais “altas taxas no país”, salienta Joaquim Pagarete. Os sectores que têm sido mais fustigados pelo desemprego são “o têxtil, o vestuário, as madeiras, a construção e a metalurgia”, sendo que “os concelhos do Vale do Sousa são os que mais preocupam pelas proporções que o desemprego tem vindo a assumir”, destaca o candidato.
O POUS defende que as soluções para os problemas que caracterizam a região Norte “dependem de poder ser constituído um Governo que se apoie na mobilização do povo trabalhador” e rejeite o “plano da troika de destruição do país”, sustenta Joaquim Pagarete. É necessário, segundo o candidato, um “Governo que racionalize a Banca e todos os outros sectores estratégicos de economia nacional”, colocando-os ao “serviço do progresso do tecido económico” e “revitalizando todo o aparelho produtivo do país”. Mas, acima de tudo, o país precisa é de “Governo que proíba os despedimentos”, entende.
A “política destruidora do emprego tem levado a uma acelerada degradação do parque habitacional nas zonas urbanas” e a uma “destruição da agricultura”, com uma “acelerada desertificação das zonas do interior do distrito”, anuncia Joaquim Pagarete. “Esta política tem uma mãe”, a União Europeia, “com os seus tratados e as suas directivas”, e “diferentes pais”, os governos, que “há mais de duas dezenas de anos a têm colocado em prática”, censura o cabeça de lista do POUS pelo Porto.