O festival Porto7 está de volta. A 4.ª edição do evento dedicado à produção e exibição de curtas-metragens e videoclips espera encher o Teatro Rivoli.

O Porto7 pretende ser um ponto de ligação entre artistas, espectadores e a cidade do Porto, tornando a Invicta um “pólo dinamizador da cultura cinematográfica” e promovendo a cidade nos festivais no estrangeiro, algo que a afirmação do evento no panorama internacional tem possibilitado.

Desde a primeira edição que “o festival tem ganho reconhecimento internacional”, refere Francisco Ávila, director do Porto7. Para o seu “sucesso” imediato contribui o facto de o primeiro filme a vencer no festival Porto7 ter sido o “Porque hay cosas que nunca se olvidan” (“Porque Há Coisas que Nunca se Esquecem”), de Lucas Figueroa. “Neste momento, esta fita detém o recorde do Guinness do filme mais premiado, com mais de 200 prémios”, conta o director do festival, “e o primeiro prémio de realização para Lucas Figueroa com este filme foi conseguido no Porto7, em 2008”.

De resto, Lucas Figueroa vai ser um dos realizadores presentes este ano no festival, onde “vai receber o prémio de 2008 e apresentar o filme para quem não o viu”. Além disso, o Porto7 vai receber, também, Tanel Toom, um dos cinco candidatos ao Óscar em curta-metragens, com o filme “The Confession”, que agora apresenta no Porto7.

Graças ao estilo deste festival, o público poderá contactar com alguns destes artistas, pois “não há uma distância entre o público e os realizadores”, explica o director. “Nós temos muitos momentos de convívio entre todos, como cocktails e eventos do género”, refere, acrescentando que isso permite “às pessoas terem hipóteses de falar com os realizadores, se estes estiverem presentes”.

Este ano, são 53 os países a participar no Porto7, algo que deixa o responsável “muito satisfeito”. “O facto de viram pessoas dos mais diversos continentes estrear filmes neste festival é bastante interessante”, refere.

Mas nem tudo são rosas. O director do Porto7 admite que as dificuldades económicas são o maior obstáculo à realização de um festival deste género, “seja em tempos de crise ou não”. No entanto, a situação económica do país torna tudo “mais complicado”, confessa Francisco. “Mas é preciso aguentar”, afirma.

Mesmo assim, a maioria dos eventos são gratuitos. E os que não são, Francisco Ávila garante que têm “preços simbólicos” como, por exemplo, “as entradas no Hardclub para a competição dos videoclips e para as festas, que custam 2 euros”, refere.

O director do Porto7 não quer criar grandes expectativas, mas espera que “haja uma grande participação, com muitas pessoas a assistirem aos filmes e a virem às festas” e que, no fim, o público “fique satisfeito”.

Tendo a cidade Invicta como cenário de fundo, entre 8 a 12 de Junho, público e artistas podem, no Porto7, aproximarem-se e partilharem a paixão comum que têm pelas obras cinematográficas, em todos os seus géneros. A sessão de abertura está marcada para as 22h00 desta quarta-feira, no auditório do Rivoli.