O Prémio Grünenthal Dor foi entregue à Universidade do Porto/Instituto de Biologia Molecular e Celular (FMUP/IBMC) e à Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho, pela Fundação Grünenthal.

A Universidade do Porto foi distinguida no âmbito do Prémio de Investigação Básica com 7500 euros pelo trabalho “Papel da noradrenalina na facilitação da dor no encéfalo: estudos em modelos de dor crónica”. As cientistas Isabel Martins, Deolinda Lima e Isaura Tavares encontraram um “circuito neuronal que aumenta a dor através da libertação de um neurotransmissor e que deverá ser responsável pelo desencadear do mecanismo de alerta”. Este mecanismo serve de alerta à dor e permite responder rapidamente à dor, protegendo de estímulos causadores de danos e ensina a não repetir actividades que originem dor.

O trabalho das investigadoras realizou-se com a colaboração das universidades de Groningen (Holanda) e da Carolina do Sul (EUA). Através de comunicado, a coordenadora da investigação, Isaura Tavares, referiu que “o próximo passo é perceber de que forma o mecanismo de alerta se desregula quando existe dor crónica, e avaliar se um estado de alerta contínuo poderá relacionar-se com a presença de outras patologias, como a depressão, por exemplo”.

A Universidade do Minho recebeu os 7500 euros pelo trabalho “Eficácia da associação de Carbamazepina com o bloqueio analgésico periférico com Ropivacaína no tratamento da Nevralgia do Trigémio” de Laurinda Lemos, Pedro Oliveira, Sara Flores e Armando Almeida, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) e do ICVS/3B’s – Laboratório Associado da Universidade do Minho. O trabalho recebeu o Prémio de Investigação Clínica.

Para além destes premiados também um grupo de investigadores da FMUP/IBMC ganhou uma menção honrosa com o estudo “As neurotrofinas Factor de Crescimento Nervoso (NFG) e Factor de Crescimento Derivado do Cérebro medeiam a dor referida e a hiperactividade vesical que acompanham a cistite crónica”.

Os Prémios Grünenthal Dor foram criados em 1999 pela Fundação Grünenthal e é, segundo a instituição, “o prémio de mais alto valor anualmente distribuído em Portugal, no âmbito da investigação em dor”.