A banda britânica, que faz sucessos nos tops nacionais e internacionais, já conquistou inquestionavelmente o público português. Pessoas de todas as idades inundaram o recinto, entoaram refrões e dançaram noite dentro ao som dos Arctic Monkeys, que brindaram os festivaleiros com êxitos como “When The Sun Goes Down” e “Still Take You Home”.

Mas a conquista foi mútua. Alex Turner mostrou-se surpreendido com a energia e efusividade da plateia portuguesa e pediu cada vez mais e mais vigor.

O público respondeu e a banda manteve-se à altura. Comunicativos, confiantes e seguros de si, mostraram que a imagem de jovens tímidos e inexperientes faz agora parte de um passado cada vez mais distante. Com um autêntico espectáculo de rock, só incomodou mesmo o pó que invadia a garganta e o nariz dos festivaleiros a cada ritmo mais animado.

Beirut fez as delícias dos fãs, mas deixou impaciente quem ali estava para Arctic Monkeys e apreciou The Kooks. Apesar do concerto dinâmico e da variedade de sons perdidos entre o folk e o alternativo, a onda indie rock foi quebrada por momentos e muitos não ficaram satisfeitos. Ainda assim, a banda americana fez juz ao nome e músicas como “Elephant Gun” e “Sunday Smile” foram cantadas alto e a bom som pela assistência.

Sean Riley abriram, Walkman aqueceram e Kooks deram show

The Kooks chegaram e arrasaram, levando uma quota justa de aplausos e saltos dos jovens que sabiam as letras e conheciam os ritmos da banda britânica. O concerto foi poderoso e não deixou dúvidas. Os The Kooks vieram para ficar.

The Walkman chegou de fato e gravata, formal mas enérgico. O concerto foi suficiente para aquecer as hostes e dar origem à primeira grande onda de pó do SBSR. Sean Riley&The Slowriders deram um espectáculo morno que abriu a 17.ª edição do SBSR. Os problemas técnicos que levaram a que várias músicas fossem interrompidas a meio não perturbou a banda o suficiente para acabar com o espectáculo. A banda portuguesa mostrou o profissionalismo e a boa disposição característicos e agradou o público até ao último acorde.

Melhorias da organização ainda não foram suficientes

No dia de estreia da 17.ª edição do Super Bock Super Rock, as melhorias anunciadas pela organização parecem ainda não ter resolvido a confusão entre os festivaleiros. O pó continua a ser muito e a deixar o público aflito. O ar limpo e fresco rareia conforme as horas passam e os lenços a tapar a boca e o nariz deixam de surtir efeito.

Mas no campismo a areia no ar também não ajuda. Os banhos servem de pouco, e só quando os há, uma vez que as filas continuam a ser intermináveis. A luz e a água para as tendas e caravanas também é escassa, assim como a segurança.

O estacionamento e a iluminação do espaço foram realmente melhorados desde a edição anterior, mas muitos outros problemas continuam a assolar o dia-a-dia dos campistas.