A banda nova-iorquina entrou em palco à hora marcada. “New York City Cops” foi a música escolhida para abrir o espectáculo mais esperado da noite, que acabaria por durar pouco mais de uma hora.

Foi um concerto explosivo, quer da parte da banda quer da parte do público, em que tudo parecia correr como esperado. Ou até melhor. Revisitaram-se sucessos como “Last Night”, “Reptilia”, “Someday” ou “You Only Live Once” e apresentaram-se as músicas do fresquinho Angles.

Julian deixou ainda mensagens de carinho para o povo português e pareceu realmente entusiasmado. “Nós temos dito sempre isto mas vai ficando cada vez melhor. Vocês são a melhor plateia de sempre”, disse.

Mas depois de “Take It or Leave It”, a banda abandonou o palco repentinamente sem se despedir do público e não voltou sequer para um encore. Foram ainda largos os minutos que a multidão esperou e chamou pela banda, mas as mensagens de despedida do SBSR nos ecrãs não deixaram dúvidas. Os assobios assolaram o recinto e o desapontamento era visível na cara dos fãs.

Quem não desapontou foi Slash, com o show habitual de solos e toda a imagem do mítico guitarrista. A cartola parece fazer magia e nem o vocalista, com voz de Axel Rose nos tempos áureos, consegue desviar as atenções do público.

Slash é toda uma postura em palco que cativa a plateia com o mais puro rock que se ouviu nas areias do Meco. Nem mesmo quem ali estava para o indie rock dos The Strokes resistiu a balançar o corpo ao som dos acordes de um dos guitarristas mais famosos do mundo e aos célebres clássicos de Guns N’Roses, como “Sweet Child of Mine” ou “Paradise City”.

Elbow aquece para Slash e X-Wife voltam a representar o que de bom se faz em Portugal
Elbow antecedeu Slash e também não desiludiram. Depois de uma década sem virem a Portugal, com “Builda Rocket Boys!” ainda fresquinho e a completar 20 anos de carreira, a banda inglesa valeu a espera e mostrou que a experiência também conta muito. O espectáculo de puro rock britânico foi, no entanto, ouvido por muitos mas sentido por poucos.

Momentos antes, Brandon Flowers extasiou, principalmente, o público feminino. O vocalista dos The Killers cantou temas a solo mas não esqueceu temas da banda, que deixaram os presentes bem satisfeitos.

Mas quem abriu as hostes foram os portuenses X-Wife, já com uma década de vida e com muitos singles na bagagem. A multidão estava a meio gás com a música que devia ser tocada de noite, mas nem isso impediu a banda portuguesa de fazer um brilharete e, mais uma vez, dignificar a música portuguesa nos grandes palcos nacionais.

A edição deste ano do Super Bock Super Rock contou com cerca de 90 mil espectadores. Segundo a organização, a realização de um dos maiores festivais do país está assegurada por mais dez anos, já ali na Herdade do Cabeço da Flauta.