AkikoMatsuura é conhecida pelos seus dotes vocais e atrás de uma bateria. Membro dos Pre e Sperm Javelin, Akiko toca bateria nos The Big Pink, mas é fora do seu papel natural de baterista que a encontramos nos Comanechi.

Para a artista, este é, aliás, um projecto bem mais “real”. “A música dos Comanechi é bastante emocional… anda tudo à volta da expressão de sentimentos”, explica.

“Este projecto é pura força criativa, envolve tudo o que sou e os meus pontos de vista. É difícil de descrever mas é, definitivamente, mais importante”, entende Akiko.

Pela segunda vez em Portugal, primeira com os Comanechi, a artista não consegue deixar de elogiar o festival. “Este festival é todo ele liberdade e não é lamacento, como em Inglaterra. Os festivais ingleses são todos muito lamacentos, mal cheirosos e nojentos, mas este é bastante civilizado”. As bandas presentes em cartaz também agradavam à vocalista. “Queríamos ter visto os Liars a tocar, mas não conseguimos”, salienta.

Para o espectáculo que deu, quase a encerrar o festival, Akiko esperava ver “um monte de miúdos completamente loucos”, até porque, mal chegou ao recinto, foi logo abordada por um fã. “Ele apanhou-me logo à saída do meu camarim e veio-me dizer que adora a minha banda e que eu sou a maior. Já tenho por cá um fã”, graceja.

Se só tinha um fã antes do concerto, a situação deve ter mudado depois da actuação, pois, apesar das horas, muitos foram os que ficaram a assistir a Akiko e companhia. E se o objectivo de Akiko era ver miúdos completamente loucos, parece tê-lo conseguido. “Nós só queremos divertir-nos com a audiência e partilhar a experiência com eles, para que façam parte do concerto”, diz.